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 Economia brasileira pode ser vítima do próprio sucesso, diz

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PostSubject: Economia brasileira pode ser vítima do próprio sucesso, diz   Economia brasileira pode ser vítima do próprio sucesso, diz Icon_minitimeMon Sep 03, 2007 10:05 pm

Economia brasileira pode ser vítima do próprio sucesso, diz FT


Valorização do real pode reduzir competitividade em setores não exportadores, afirma jornal britânico



BBC Brasil - BBC

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LONDRES - A economia brasileira corre o risco
de se tornar vítima de seu próprio sucesso, segundo afirma longa
reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal britânico
Financial Times, por causa da supervalorização do real em conseqüência
do aumento das exportações e da perda de competitividade dos setores
não-exportadores.


A reportagem comenta que "até uma década atrás, se os mercados
internacionais de crédito se resfriavam, o Brasil estava entre os
primeiros a ficar gripado", mas que "hoje, o Brasil está fortemente
protegido por grandes reservas internacionais, uma dívida externa baixa
e superávits saudáveis em conta corrente".


O jornal compara à situação atual do Brasil à da Holanda nos
anos 1970, "quando as exportações do recém-descoberto gás natural
elevaram tanto o valor da moeda que destruíram a competitividade em
todo o resto da economia", no que ficou conhecido nos livros de
economia como "o Mal Holandês".


"O equivalente brasileiro ameaça tornar o pais uma vítima de
seu próprio sucesso", diz a reportagem, comentando que "recentemente
tem havido muitos comentários sobre um ''Mal Brasileiro''", apesar de
"o país, aparentemente, nunca ter estado com a saúde tão robusta".


O jornal observa que a alta do real "vem produzindo
reclamações de muitos do setor industrial". "O perigo, eles dizem, é
que os empregos bem remunerados nos setores de capital intensivo e
outros setores tradicionais sejam substituídos por outros de baixa
remuneração no setor de commodities", diz a reportagem.


Segundo o texto, "a alta da moeda significa que muitos
fabricantes, que antes exportavam para o leste asiático, por exemplo,
estão agora construindo fábricas por lá em vez disso".


"Isso, segundo argumentam muitos, é o clássico sintoma do ''Mal Brasileiro''", diz o jornal.


O Financial Times observa porém, que "as exportações em alta
não são o único fator por trás da apreciação da moeda". "O Brasil, com
sua recém-descoberta estabilidade, se tornou altamente atraente para
investidores e credores. A quantidade de dinheiro dirigida a ações e
títulos brasileiros tem um impacto ainda maior sobre o real do que o
comércio", argumenta.


"Este fato sozinho, talvez, deveria acender uma luz vermelha
sobre a estabilidade futura. Os bancos de investimento não vêem uma
redução no nível de investimento. Mas outros advertem sobre uma mudança
de humor", diz o texto, citando um analista que vê uma "bolha" nos
investimentos, que pode estourar.


Uma outra reportagem de apoio publicada pelo FT na mesma
página relata as mudanças no interior do país provocadas pelo "boom"
das commodities no mercado internacional.


O jornal cita como exemplo a cidade de Campo Verde, no Mato
Grosso, "que aparece como uma miragem em meio aos campos de soja, com
seus silos de metal brilhando sob o sol".

"Uma ampla avenida central é pontilhada com os armazéns dos
maiores comerciantes de commodities do mundo. Atrás deles estão ruas
bem arrumadas com lojas, casas e pequenos negócios. Alongando-se pelo
pacífico vale ao norte há vastos projetos imobiliários novos", diz a
reportagem.


O prefeito da cidade diz ao jornal que o boom das commodities
levará a população local a crescer dos atuais 30 mil moradores para 100
mil até 2020. "Mas ao invés de atrair mais agricultores para cultivar
mais - toda a terra arável no município já está sendo utilizada - ele
quer adicionar valor às commodities na cidade", diz o Financial Times.


O jornal cita como exemplo a Sadia, que já tem criação de
galinhas e uma fábrica de alimentos na cidade e que estuda instalar lá
uma fábrica de processamento de carne de frango e outros pontos de
produção que poderiam criar até 3 mil empregos diretos e 9 mil
indiretos.


O alvo seria principalmente as exportações. O jornal observa
que "o crescimento acelerado em tais exportações está ajudando a criar
novos empregos em seus milhares, mas há perigos".

"Um deles é que os novos empregos para fatiar frangos em
áreas rurais estejam aparecendo às custas de empregos bem remunerados
em setores tradicionais e urbanos. Outro é que as exportações de bens
com valor agregado sejam eles próprios ameaçados pela apreciação da
moeda, que vem trabalhando contra preços internacionais mais altos das
commodities, comendo as receitas dos produtores agrícolas", conclui o
jornal.
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