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 Prejuízos socializados

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PostSubject: Prejuízos socializados   Prejuízos socializados Icon_minitimeTue Aug 28, 2007 10:20 pm

Prejuízos socializados









por Márcia Pinheiro















Governos injetam bilhões de dólares nos bancos, em meio a demissões maciças







Se há uma certeza
entre a maioria dos economistas de diversos matizes ideológicos é de que a
crise financeira global vai persistir por muito tempo. Não é chilique
passageiro de operadores estressados. O próprio Rodrigo Rato, diretor-gerente
do cauteloso Fundo Monetário Internacional (FMI), admitiu, na quarta 22, em
visita ao Brasil, que a instituição deve revisar para baixo a previsão de
crescimento médio mundial, que era de 5%.

A operação global para
minimizar os estragos da bolha imobiliária americana continua a todo vapor. O
Federal Reserve, na sexta 17, reduziu a taxa de redesconto (juro cobrado nas
operações entre o banco central e as instituições financeiras) em 0,5 ponto
porcentual, para 5,75% ao ano.



Na seqüência, na
segunda 20, injetou mais 3,5 bilhões de dólares no sistema financeiro, por meio
da recompra de títulos do Tesouro em mãos dos bancos, com o objetivo de evitar
o estrangulamento de crédito. No mesmo dia, a empresa americana de hipotecas
Thornburg Mortgage vendeu 20,5 bilhões de dólares em ativos para fazer caixa. Outra
financeira, a KKR Financial, pretende lançar mais ações na bolsa de valores
para levantar 500 milhões de dólares.

Mais: a Countrywide
Financial informou na sexta 17 que iniciará um processo de demissão de 500
funcionários, do quadro de 61 mil, do seu staff. De olho em supostas
pechinchas, o Bank of America investiu 2 bilhões de dólares na financeira, ao
comprar ações sem direito a voto.

A maré não está para
peixe graúdo ou miúdo. O Fed voltou à carga na terça 21, com 3,75 bilhões de
dólares. O Banco do Japão colocou 7 bilhões de dólares adicionais em circulação
e o Banco Central da Austrália, outros 4 bilhões de dólares. O risco da
quebradeira é presente nos grandes centros financeiros internacionais. O Banco
Central Europeu (BCE) informou que, na quinta 23, oferecerá 55 bilhões de
dólares extras ao sistema, enquanto o Fed injetou mais 17 bilhões de dólares.

Na mesma terça, a
Capital One Financial anunciou que fechará sua unidade de financiamento
imobiliário, a GreenPoint Mortgage, comprada há menos de um ano. Demitirá 1,9
mil funcionários, ao custo de 860 milhões de dólares. A Lehman Brothers
informou que desativará seu braço de financiamento imobiliário, com a demissão
de 1,2 mil trabalhadores.

Desta vez, não se
trata de mazelas de países periféricos, que costumavam freqüentar o FMI de
pires na mão, nas décadas de 80 e 90. Não estão na berlinda apenas instituições
desconhecidas do cidadão não americano. Bancos com presença global bateram às
portas do Fed para pedir ajuda. Os mais recentes casos foram do Citibank, JP
Morgan, Bank of America e Wachovia, que tomaram empréstimos individuais de 500
milhões de dólares, por meio da linha de redesconto.



Apesar de minimizada
em princípio pelas autoridades, a situação assumiu contornos mais sérios. Tanto
que, na segunda 20, o presidente Lula reuniu-se com o ministro da Fazenda,
Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, justamente
para traçar estratégias e evitar que a crise paralise projetos fundamentais
para o País, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Assessores
disseram que a ordem é não precipitar decisões e evitar discordâncias públicas
entre os ministros.

Na terça 21, foi a vez
de George W. Bush enviar o presidente do Fed, Ben Bernanke, e o secretário do
Tesouro, Henry Paulson, para uma conversa com o senador democrata Christopher
Dodd, chefe do Comitê Financeiro do Senado. O recado oficial, dado pelo
congressista após a reunião, foi o seguinte: “Bernanke usará todas as
ferramentas à disposição” para lidar com a atual volatilidade global, afirmou o
democrata. A discussão sobre os rumos da política monetária americana é
pública, como se constata, e eminentemente política.
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