PETR$por SOCADOR30/08/2007 09:22:22NOTÍCIA ''Gigante'' Petrobras deixa ''Petrossauro'' no passado, diz ''Wall Street Journal''
Uma reportagem publicada nesta quinta-feira no jornal financeiro "The Wall Street Journal" cobre de elogios a Petrobras, afirmando que a estatal brasileira deixou para trás uma antiga imagem de ineficiência.
Sob o título "Além de ''Petrossauro'': Como uma gigante petroleira dorminhoca se tornou um ator global" (tradução livre), o diário nova-iorquino diz que a companhia é uma "rara história de sucesso entre estatais de petróleo".
"Há uma década, Petrobras era tão retardatária na indústria que mereceu um apelido: Petrossauro. Os trabalhadores eram 25% menos produtivos que a média da indústria, e o Brasil precisava importar quase metade do seu petróleo", escreve o "WSJ".
"Hoje, a Petrobras tem mais reservas de petróleo que a Chevron Corp, custos menores de prospecção que a Exxon Mobil Corp, e é listada na Bolsa de Valores de Nova York - com um valor de mercado de cerca de US$ 130 bilhões."
A extensa reportagem afirma que outras estatais do setor, como a venezuelana PDVSA e a sua equivalente na Indonésia, são "bem menos eficientes em desenvolver suas reservas que a Petrobras".
Para o "WSJ", várias razões explicam o sucesso da Petrobras: tecnologia de prospecção em águas profundas, conselho diretor independente e atratividade para jovens profissionais de talento.
"Desde sua fundação, em 1950, a Petrobras tem sido um imã para brasileiros talentosos, muitos motivados pelo patriotismo de trabalhar para uma companhia que simboliza o nacionalismo brasileiro."
"O que mudou nos anos 1990 foi a estrutura corporativa. Para tornar a Petrobras mais competitiva e transparente, o governo estabeleceu um conselho de diretores independente e emitiu ações em Nova York. Aboliu ainda o monopólio da Petrobras de perfurar em território brasileiro."
O jornal diz que, ao invés de sofrer com a entrada de empresas estrangeiras em seu mercado, a Petrobras aproveitou a oportunidade para melhorar sua competitividade.
"Dirigentes da Petrobras argumentam que a dupla identidade da companhia - em parte a concretização do nacionalismo brasileiro, em parte um ator de Wall Street - é um ativo."